A polícia e o Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará estão diante de um mistério curioso: o desaparecimento de um bebê dentro da barriga da mãe. A estudante Lana Carla da Silva Pimenta, de 20 anos, chegou a passar por uma cesária mas na sala de cirurgia foi informada pelo obstetra de que sua gravidez era psicológica.
Segundo o ginecologista e colaborador da Rádio Bandeirantes, Alexandre Faisal, a incidência da gravidez psicológica é de uma em cada 10 mil gestações.
Ele ainda informou que na gestação psicológica, a mulher chega a sentir sintomas da gravidez como enjôos, dilatação abdominal e atraso menstrual.
A Secretaria Municipal de Saúde confirmou que a estudante ingressou no programa de Pré-Natal em 2009 mas não teria levado o resultado dos exames a médica que a acompanhava.
No dia do parto, a jovem levou ao hospital os exames ginecológicos e uma ultrassonografia. Ela alega que todos ficaram com a maternidade. Os responsáveis pelo hospital e o médico que fez a cesariana não quiseram comentar o assunto.
Lana Carla e a mãe Maria Pimenta buscam respostas para o que ocorreu
Pré-natal, toque, anestesia, sala de parto. A todo o procedimento para o nascimento de uma criança Lana Carla Pimenta, 20, foi submetida. Durante vários meses esteve na Unidade de Saúde da Marambaia para fazer acompanhamento médico e saber do desenvolvimento da criança. Foram cinco meses de dedicação e espera, após descobrir que estava grávida.
Uma hora depois de Lana entrar na sala de cirurgia, a mãe foi chamada pelo médico José Maria Negrão Guimarães e a notícia de que não havia nenhum bebê dentro da paciente deixou uma interrogação na família de Lana. “Eu só quero entender como pode nós termos a ultrassom com o bebê aparecendo e não ter nenhuma criança dentro da minha filha. Quero saber quem errou, se foi o médico que fez o pré-natal ou o que fez o parto. Quero saber onde está a minha neta”, questiona Maria Pimenta, mãe da jovem.
Na última consulta, 5 de abril, foi orientada pela médica a procurar uma maternidade, caso não sentisse nenhuma contração até o dia 19, por conta da criança estar sentada. Foi o que fez. Na manhã do dia 19, se dirigiu à Santa Casa de Misericórdia, mas a falta de leito impediu que ela fosse internada no local. “Antes do médico nos encaminhar para a outra clínica, fez o toque, ouviu o coração do bebê e disse que ia nos mandar para outro hospital”, disse a mãe.
Ao chegar na maternidade conveniada ao Sistema Único de Saúde (SUS), deu início aos procedimentos necessários para a cesariana. Durante o parto, contou a mãe, a estudante chegou a gritar. “Eu fiquei sem entender porque ela gritava, já que estava anestesiada, mas a enfermeira não quis me explicar e mandou eu descer”. Lana conta que durante a cirurgia, sentiu por três vezes dores muito fortes, que a acordava, mas o efeito da anestesia a fazia dormir novamente.
A mãe da jovem afirma que diante dos fatos se sente doente sem conseguir entender. “Não sei mais o que fazer, nem para onde ir, porque o médico disse que a gravidez era psicológica depois da cirurgia”.
O quarto, as roupas, e todo o enxoval que estava reservado em um espaço para as duas deixou de ser frequentado . “Eu procuro nem pensar nisso, nem vou perto do quarto que ia ser nosso, porque como estou operada tudo reflete"
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